O Senado americano receberá, nesta segunda-feira (25), às 19h, o pedido de impeachment do presidente Donald Trump ao Senado. O envio foi confirmado pela presidente da Câmara dos Representantes, Nanci Pelosy. É a primeira vez na história que um presidente americano enfrentará um segundo julgamento de impeachment. Embora Trump não esteja mais no cargo, o processo está marcado para ter início em 8 de fevereiro. Se condenado, Trump pode ser impedido de ocupar cargos públicos novamente.
Tradicionalmente, o julgamento começa após o recebimento do pedido de impeachment. Mas os líderes do Senado concordaram em um adiamento de duas semanas para que Joe Biden pudesse instalar seu gabinete e buscar uma agenda legislativa. Segundo o acordo firmado pelo líder da maioria, Chuck Schumer, e o líder republicano, Mitch McConnell, a equipe do presidente e os assessores do Congresso terão até a primeira semana de fevereiro para iniciar o processo.
Enquanto isso, Joe Biden tem acelerado medidas para recuperar o país e já assinou 30 ordens executivas. E, para esta semana, estão previstas novas medidas que tentam frear a disseminação da Covid-19 no país, como a continuidade da proibição da entrada de turistas do Brasil, índia, África do Sul, Inglaterra e outros países da União Europeia.
O maior desafio da equipe de Biden para os próximos dias será montar uma estratégia efetiva para a aplicação de vacinas. Um alto funcionário da Casa Branca criticou o programa de vacinação contra Covid-19 do governo de Donald Trump, dizendo que ele é “caótico” e “bastante limitado”. Não havia nenhum plano do governo federal para a distribuição de vacinas nos Estados Unidos. Até agora, foram aplicadas 20,5 milhões de doses, e Biden prometeu 100 milhões nos seus primeiros 100 dias de governo. Os Estados Unidos já registraram mais de 25 milhões de casos de covid-19 e pelo menos 419 mil mortes foram associadas ao vírus.
Nesta segunda, Biden também deverá assinar uma ordem executiva pedindo às agências federais que comprem mais produtos locais para promover os produtos “Made in America” e fortalecer as cadeias de abastecimento. O presidente americano pretende relançar a produção nacional e preservar empregos. O novo decreto deve ainda reduzir as possibilidades de contornar as regras que obrigam o governo federal a comprar prioritariamente produtos fabricados no país.