O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nessa quinta-feira (11), a compra de 200 milhões de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19 – 100 milhões da Pfizer e 100 milhões da Moderna. Nesta sexta-feira (12), mais de 6 mil farmácias receberão doses da vacina como forma de ampliar a capacidade de imunização de mais 300 milhões de pessoas. Esse número é quase a totalidade de americanos, estimado em 331 milhões.
O governo americano está recorrendo, ainda, às Forças Armadas para vacinar a população e criando centros de vacinação em massa. Ao contrário do Brasil, que tem o SUS, os Estados Unidos não têm de uma rede pública de saúde para disponibilizar vacinas.
Até hoje, 46 milhões de cidadãos já foram vacinados, em um país que lidera o ranking do número de casos no mundo: 27 milhões. Os EUA também lideram o número de mortos, que chega a 475 mil. O equivalente a 25% e 20% dos números globais, respectivamente.
Aliado à imunização, o uso de máscaras continua sendo reforçado. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, anunciou ontem que o usar uma máscara cirúrgica com uma de tecido por cima pode ampliar a proteção contra o coronavírus em até 92%. Esse reforço bloqueia o número de partículas emitidas porque o bom ajuste da máscara ao rosto é fundamental para aumentar sua eficiência.
Biden voltou a afirmar que, quando assumiu o cargo há três semanas, o país não tinha um plano nacional de vacinação. “Agora compramos doses o bastante para vacinar todos os americanos e estamos trabalhando para levar essas vacinas aos braços de milhões de pessoas”, disse o presidente em coletiva à imprensa.
Biden também disse que forneceu US$ 3 bilhões a 37 estados, territórios e tribos nos EUA para fortalecer os centros de vacinação existentes e criar mais centros para administrar a vacina. O mês de janeiro teve o maior número de americanos mortos para a Covid-19: mais de 100 mil. O presidente acredita que o país vai ultrapassar 500 mil mortos até o próximo mês.
A falta de planejamento e medidas para combater o coronavírus nos Estados Unidos foi criticada por especialistas que conduziram um estudo da revista Lancet, prestigiada revista científica inglesa. O texto diz que falhas de Trump aumentaram mortes pela Covid-19 e influenciaram até mesmo líderes mundiais, como o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Pelo menos 40% das mortes causadas pelo novo coronavírus nos EUA poderiam ter sido evitadas.