Os alemães foram às urnas neste domingo (26) em uma eleição nacional ainda imprevisível, com os social-democratas de centro-esquerda (SPD) representando uma séria ameaça aos conservadores da chanceler Angela Merkel, que irá se aposentar.
Merkel está no poder desde 2005, mas planeja deixar o cargo após as eleições, tornando este pleito um evento crucial para definir o curso futuro da maior economia da Europa.
Com um eleitorado fragmentado, o mais provável é que, após as eleições, os principais partidos sondem uns aos outros antes de embarcar em negociações formais por coalizão que podem levar meses, deixando Merkel, aos 67 anos, no papel de chefe de Estado interino.
“Todos nós sentimos que esta é uma eleição federal muito importante”, disse o candidato Armin Laschet, sucessor de Merkel no comando da União Democrata-Cristã (CDU), a jornalistas após votar em seu distrito eleitoral em Aachen.
“É uma eleição federal que decidirá o curso da Alemanha nos próximos anos e, portanto, todos os votos contam.”
Concorrendo contra Laschet, está Olaf Scholz, do SPD, o ministro das Finanças da coalizão direita-esquerda de Merkel, que venceu os três debates televisionados entre os principais candidatos.
Scholz, de 63 anos, viu a vantagem de seu partido sobre os conservadores ser reduzida para 1 a 3 pontos nas pesquisas de opinião, deixando Laschet com a chance de obter uma vitória apertada.
“Espero que o maior número possível de cidadãos vá votar, torne possível um resultado muito expressivo para o SPD e me dê a oportunidade de me tornar o próximo chanceler da República Federal da Alemanha”, disse Scholz após votar em seu próprio distrito eleitoral em Potsdam, perto de Berlim.