O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu aos integrantes de seu governo que acelere a naturalização de, aproximadamente, nove milhões de imigrantes que vivem ilegalmente no país. Biden quer criar uma agenda de política de migração mais inclusiva depois que o ex-presidente Donald Trump implementou uma política de tolerância zero nos seus quatro anos de governo.
Nesta terça-feira, o presidente americano assinará três ordens executivas para alterar medidas de Trump, consideradas, por Biden, como “divisivas”, “cruéis” e contrárias à essência dos Estados Unidos, segundo informaram funcionários do governo.
O principal desafio será reunir família separadas na fronteira dos Estados Unidos com o México e caberá à primeira-dama Jill Biden coordenar uma força tarefa criada para esse fim. Há 545 crianças separadas de seus pais há três anos. Muitas delas cujos pais foram deportados enquanto tentavam obter residência legal nos EUA. Em 2018, o governo Trump é acusado de separar três mil famílias na fronteira com o México. Organismos internacionais estimam que, nesses três anos, mais de 5.500 crianças foram afastadas dos pais.
Logo na primeira semana de governo, Biden já sinalizava que iria alterar a política migratória. O presidente suspendeu a construção do muro na fronteira com o México, derrubou o veto a cidadãos de cinco países muçulmanos e propôs ao Congresso um projeto que abre caminho para a legalização dos imigrantes.
Outro desafio para Joe Biden está nos que defendem regras rígidas para quem cruza a fronteira e são contra a permanência dessas famílias separadas nos Estados Unidos. Durante a campanha, ele sinalizou a legalização desses imigrantes, mas terá de travar uma batalha no Congresso americano, sobretudo o Senado, com metade dos parlamentares republicanos e conservadores.






