Em meio à crise econômica e com a segunda onda da pandemia de Covid, brasileiros beneficiados com o auxílio emergencial se preparam para um início de ano desanimador. Com desemprego recorde, aumento da inflação de produtos e serviços e o fim do benefício, muitas famílias não estão nem um pouco otimistas com a chegada de 2021.
Segundo dados do Ministério da Cidadania atualizados até 18 de dezembro, 68,2 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial enquanto mais de 35 milhões tiveram o pedido negado. Ao todo, foram pagos R$ 230,98 bilhões.
O benefício foi aprovado para tentar diminuir os efeitos da crise econômica na pandemia. Ao todo, foram pagas nove parcelas: cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300. Não haverá novos pagamentos neste ano.
Vacina e emprego são os desejos dos beneficiários
Mesmo tendo recebido todas as parcelas do auxílio emergencial corretamente, a desempregada Sueli Francisca Nobile de Gerard, 43 anos, não conseguiu comemorar a chegada de 2021.
“Meu marido ficou desempregado durante a pandemia e as coisas ficam bem complicadas em casa. O benefício ajudou muito, mas não foi o suficiente para cobrir todos os gastos. Para este ano novo, desejo emprego para minha família e para a todos outros; sei que todos estão precisando, ainda mais agora que o auxílio acabou”, diz ela ao Agora.
Para Jaqueline Feltrin, 34, o ano terminou ao menos com uma notícia boa. Depois de receber todas as parcelas do benefício corretamente, ela conseguiu um novo emprego como vendedora, área na qual sempre trabalhou.
“Quero que 2021 traga a vacina! Não aguentamos essa crise instalada, queremos poder trabalhar e viver nossas vidas normalmente. Faz falta abraçar quem a gente gosta”, afirma a leitora.






