Na última semana um filme que caiu no gosto popular e conquistou o Top 1 da Netflix foi a produção original do streaming intitulada de ‘Cabras da Peste”, filme gravado no Ceará estrelado por Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele. Realizado em 2018, antes da pandemia, o longa foi lançado só agora em 2021.
Na trama temos Bruceuilis (Edmilson Filho), um policial do interior do Ceará que viaja até São Paulo para resgatar Celestina, uma cabra considerada patrimônio de sua cidade. Na capital paulista, ele encontra Trindade (Matheus Nachtergaele), um escrivão da polícia que decide sair do marasmo de seu trabalho e ajudá-lo na aventura, mesmo não sendo sua especialidade.
O filme traz traços regionais típicos do interior do Ceará, desde a ambientação, até a caracterização e linguagem dos personagens. Parte da trama se passa na cidade fictícia de “Guaramobim”, que na verdade foi gravada no distrito de Guanacés, pertencente ao município de Cascavel.

O Sinal News conversou com o ator Victor Alen, que faz o personagem do policial Toninho no filme.
Confira a entrevista na íntegra:
Sinal News: Como surgiu a ideia de gravar o filme?
Victor Alen: A ideia do roteiro veio dos roteirista Vitor Brant e Denis Nielsen (que também escreveu a série de sucesso “3%” da Netflix) de escrever um filme bem no estilo “Buddy Cop” americano. Uma história de dois policiais parceiros, mas que tivesse a cara do Brasil. Eu sei que desde o início do roteiro a ideia era de que o Edmilson ja fosse um dos policiais então foi um papel pensado com a versatilidade dele pras lutas também.
Esse gênero é muito famoso nos EUA e aqui no Brasil também. Inclusive tem várias referências ao estilo dentro do Cabras da Peste. A música de abertura do filme inclusive é uma homenagem. “Calor do Cão” que foi cantada pela Gaby Amarantos é uma “versão” brasileira de “Heat Is On” do filme “Um tira da Pesada” com o Eddie Murphy.
S.N: Mesmo se tratando de uma cidade fictícia, Guaramobim traz traços típicos do Ceará, tanto em termos de ambientação quanto de caracterização e linguagem dos personagens. Como foram as gravações?
V.A.: As gravações foram maravilhosas! O elenco todo tinha muita sinergia, até porque muitos dali já se conheciam, eram amigos ou admiravam o trabalho do outro. O diretor também foi maravilhoso! Vitor dava uma liberdade criativa pra gente que foi essencial nesse processo, mas era bem criterioso com o que queria. O resultado disso ficou esse filme lindo! Nas cenas onde estavam eu, Edmilson e a Valéria por exemplo, eram deliciosas de gravar pois somos grandes amigos na vida real então a química na cena é muito real.

S.N.: Mesmo sendo cearense da capital, como você enxerga a representatividade desse filme no que diz respeito à regionalidade?
V.A.: Nasci e me criei na capital, mas minhas raízes são do interior então tenho um carinho muito grande. Inclusive na minha carreira de comediante stand up eu amo fazer shows pelas cidades do interior. A receptividade do público sempre é maravilhosa. Quanto a importância do filme na regionalidade eu acho ela fundamental. O interior é muito rico culturalmente. Tem suas histórias, mitos, figuras populares e tudo isso merece demais ser eternizado no cinema. Eu fico muito honrado de participar disso.
S.N.: Os bastidores do filme são tão engraçados quanto o que a gente vê no produto final?
V.A.: Olha, no caso desse filme, foi engraçado demais. Como ficamos confinados vários dias imersos no processo da filmagem, nossos momentos livres eram com a mesma galera. Agora imagine colocar junto só comediantes hilários e atores cômicos com o timing cômico afiado! O resultado não poderia ser outro: os bastidores mais engraçados da história! (risos)
S.N.: Que convite você faria para aqueles que ainda não viram o longa na Netflix?
V.A.: Olha, o filme tá tão engraçado, com um elenco f*da, uma fotografia linda e tudo tão conectado que pro momento que estamos passando, o riso desse filme é essencial pra gente!
Veja o trailer:






