A relativização da crueldade humana

As trevas encantam, muitos preferem continuar no pesadelo do que despertar para a realidade e o sistema que controla os passos da maioria humana restringe através do caos.

A ignorância da tradição de uma prática rígida é o que mantém viva a ideia de que as coisas só se resolvem com uma guerra, seja ela física ou até mesmo espiritual.

Nosso Papo de Quinta não é sobre quem tem mais razão, mas tentar contextualizar que o que está acontecendo não só no oriente médio, mas em parte a África, na Europa e em locais da América do Sul não gera nada para quem esta guerreando, apenas alimenta quem manda guerrear.

Levo a compreensão de que em uma guerra só existe selvageria, não respeitam leis seja terrenal ou divina, muito menos direitos humanos, até porque não se mostram seres a imagem e semelhança de Deus.

Em muitas oportunidades da minha vida, tento reagir a situações imaginando o que Jesus faria naquele momento, óbvio que muito mais uma ideia do que de fato Ele faria se estivesse ali.

Pois bem, do pouquíssimo que li ou vi sobre o Filho de Deus, em nenhum momento ele se mostraria parcial diante das atrocidades vivenciadas na atual humanidade, como não se mostrou quando veio ensinar “O Caminho”.

Até onde posso compreender, as guerras não são travadas por manutenção de democracia, liberdade ou até por motivos religiosos, a intenção de quem detém a ordem de mandar alguém atacar outro alguém é pelo poder, poder de interesses econômicos, territoriais e humanos, com as escravizações dos tempos modernos.

Ele não atribuiu nenhum ensinamento Dele para esse tipo de atrocidade.

Pelo que compreendi, Jesus não se preocupava em ser minoria, em não adentrar em assuntos para se mostrar politicamente correto, apenas agia com propósito de ensinar a evoluir.

Afinal O Cristo certa vez disse; “Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica.”

O que demonstra a serenidade de quem ensina a não violência em momento ou justificativa alguma.

Não me vejo defendendo nenhum lado que escolha governar sob a tutela do medo, da repressão, da ideologia controversa, da perseguição ou da corrupção.

Fico firme com os homens, mulheres, crianças e idosos que possam ser prejudicados por governos nefastos seja em qualquer lugar do mundo, até porque escolher “um lado” é dar apoio para que continuem a fazer mais do mesmo contra o outro.

Acredito por fim, que muitas dificuldades e adversidades da vida humana se mostram para o caminho evolutivo do ser, que possamos enfrentar toda atribulação com tranquilidade e sabedoria para não relativizarmos a crueldade humana.

Papo de Quinta por Alex Curvello
Advogado
Presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Subseção da OAB Litoral Leste do Ceará
@alexcurvello

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