Corpo de Bombeiros apresenta balanço do 1º quadrimestre em relação a incêndio em vegetação. Dados referente a atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), no período de janeiro a abril de 2022, em todo o Estado.
A princípio, observamos que na tipologia de incêndio em vegetação houve uma sensível redução em relação aos dados do mesmo período de 2021. Como também, apesar da redução, os números permanecem superiores a 2019 e 2020. As maiores quedas mensais foram observadas em março e abril do corrente ano. Em síntese, os dados orbitam próximo aos dados de 2020.
A queda de queimadas está relacionada ao volume de chuvas
A significativa redução nas queimadas no primeiro quadrimestre, com certeza, tem relação direta com o volume elevado de chuvas no Ceará. Em pouco menos de 4 meses, o Estado do Ceará se aproxima de atingir a média pluviométrica anual. Enquanto que nos primeiros meses do ano, até 18 de maio, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), já contabilizou 732,6 milímetros de chuva, o que representa 93% de todo o volume esperado para o ano.
Sobre as condições favoráveis aos incêndios
De acordo com o tenente-coronel, Mardens Vasconcelos, explica que “quando há chuva, consequente o solo e vegetação ficam úmidas o que dificulta a ocorrência de incêndios”. Ele também aponta que as temperaturas mais amenas e a alta umidade do ar são fatores que igualmente favorecem a queda no número de queimadas.
“Certamente, mais de 90% dos incêndios florestais são de origem antrópica, então é viável reduzir estes índices, acredito ser fundamental investir em educação ambiental. Mas também em suporte aos agricultores para que não ateiem fogo”, afirma o Oficial.
O segundo semestre e o aumento do número de incêndios
“Neste período [segundo semestre] há condições favoráveis para o aumento dos incêndios, como redução das chuvas, aumento das temperaturas e baixa umidade do ar”, comenta o tenente coronel.
Por fim, importante destacar, que sempre em que há um primeiro semestre com bom volume de chuva, a tendência é que ocorra aumento de queimadas nos meses finais do ano. “Isso acontece devido ao aumento do material que pode ser queimado. Isto é, com mais chuvas, maior são as áreas com vegetação, e estas ficam mais suscetíveis aos focos”, finaliza o comandante da 5ª Companhia do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (5ªCia/3ºBBM).