O deputado Guilherme Bismarck (PSB) voltou a denunciar, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nesta terça-feira (02), o mau serviço oferecido pela empresa São Benedito, que opera linhas, em sua maioria, saindo de Fortaleza para municípios do Litoral Leste e do Vale do Jaguaribe. Segundo ele, a maior parte das reclamações se refere a veículos que quebram no meio do percurso.
De acordo com o parlamentar, após ter relatado, na semana passada, ele tem recebido grande volume de denúncias da população cearense e de turistas que usam o serviço. Ele destacou casos que teriam acontecido apenas nos últimos dias.
Na terça-feira, conforme Guilherme Bismarck, uma senhora denunciou que fez uma viagem de Canoa Quebrada a Fortaleza com a porta aberta porque estava com defeito. O segundo incidente, continuou, é de uma viagem em que o ar-condicionado do veículo quebrou no meio do caminho. Segundo o deputado, esse não é um caso isolado, pois tem recebido várias denúncias como esta, inclusive de funcionários da empresa, que teriam afirmado que os ônibus já saem da garagem com o ar-condicionado quebrado.
“O terceiro é mais absurdo ainda: o ônibus, que saiu às 11h da manhã de Fortaleza para Marjolândia, em Aracati, ficou no prego de gasolina em Beberibe. Como é que um ônibus que faz uma viagem de quase 200 quilômetros fica no prego de gasolina? Já ontem à noite, um ônibus também ficou no prego na entrada da Serra do Félix, em Beberibe. São quatro incidentes somente nos últimos oito dias”, ressaltou.
O parlamentar sugeriu que os proprietários e diretores da empresa “tenham a humildade” e façam uma viagem dessas para ver de perto a indignação da população com o serviço que lhes é prestado. “Eu queria que olhassem o que estão reclamando nas redes sociais. É uma grande revolta que não é de hoje, vem de muito tempo. É preciso uma solução urgente para essa demanda”, disse.
Ainda conforme Guilherme Bismarck, a empresa São Benedito não teria mais condições de manter esta operação. Além disso, afirma que grande parte da frota cadastrada da empresa está em bloqueio judicial.
“Ou seja, a Justiça não permite nem que ela venda seus ônibus com receio de que ela não quite as dívidas, inclusive trabalhistas. É preciso um plano urgente de retomada da empresa. Se ela não tem capacidade de continuar, que peça para sair, ou que seja cassada a sua licença. Não tenho nada contra a empresa. Chegou o momento em que ela não consegue mais prestar o serviço, mas isso não está acima do direito das pessoas”, observou.






