Muitos já devem saber que a camisinha é o principal meio de prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mas existem outras medidas que reforçam ainda mais essa proteção. Neste Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre HIV, aids e outras ISTs, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) conscientiza a população sobre a importância das vacinas na prevenção das ISTs. Atualmente, o Programa Nacional de Imunização (PNI) dispõe de imunizantes que previnem contra as hepatites e o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV.
A vacina contra hepatite B faz parte do calendário infantil de vacinação e, para as crianças, deve ser administrada em quatro doses: nas primeiras 12 a 24 horas após o nascimento e, em seguida, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Além da hepatite B, a vacina também garante proteção contra a hepatite D, já que o vírus da hepatite D depende da presença do vírus HBV (hepatite B) para se replicar.
Segundo a coordenadora de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes que não tenham o comprovante de vacinação, assim como aqueles que não tenham completado o esquema vacinal, são considerados pessoas não vacinadas.
“Lembrando que a vacina contra hepatite B para adultos é administrada em três doses, e a terceira dose é realizada seis meses após a primeira dose, ou seja, é um intervalo muito longo, no qual a gente observa um abandono do esquema de vacinação. Por isso, nós enfatizamos a importância de completar o esquema com as três doses”, ressalta.
Já a vacina contra o HPV, incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, tem públicos-alvos específicos. Na rotina, a vacina é ofertada em dose única para meninas e meninos na faixa etária de 9 a 14 anos. Além desses grupos, a vacina também é disponibilizada para alguns indivíduos em condições clínicas especiais, tais como pessoas vivendo com HIV; transplantados de órgãos sólidos e medula; pacientes oncológicos de 9 a 45 anos; vítimas de violência sexual e usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP).
“A vacina contra HPV é quadrivalente, ou seja, protege contra quatro tipos do vírus HPV mais prevalentes, de alto risco e relacionados às verrugas genitais e vários tipos de câncer. No entanto, é importante destacar que existem mais de 200 tipos de HPV e que a vacina não garante a proteção contra os demais tipos de vírus. Por isso, é muito importante manter o uso do preservativo para podermos evitar a infecção pelo HPV e outras doenças”, reforça Borges.