O documentário “Deus É Mulher”, de Bárbara Cunha, é um dos cinco projetos selecionados neste ano pelo Selo Elas. Desenvolvida pela Elo Company, a iniciativa tem como objetivo fomentar o cinema feito por mulheres no Brasil. “A nossa ideia é empoderar as mulheres neste lugar de diretoras”, diz Bárbara Sturm, criadora da iniciativa.
“Deus É Mulher” foi escolhido pela importância e representatividade do tema apresentado: produção mostra a trajetória de Alexya Salvador, a primeira mulher trans da América Latina a se tornar reverenda na Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM). “Já passou da hora de falar sobre o assunto. A gente entende que a luta das mulheres trans faz parte do feminismo”, afirma.
Já filmado, o documentário vai contar com a consultoria do Selo para a realização da montagem. “Deus É Mulher” está programado para ser lançado no segundo semestre deste ano.
Para outros filmes, a iniciativa atua também nas fases iniciais da produção, auxiliando o projeto desde o roteiro até o lançamento da obra.
O longa infantojuvenil “Clara e Tom”, da cineasta Cininha de Paula, também foi selecionado para ser contemplado pelo Selo. A história mostra a amizade entre as crianças Clara e Tom e tem como trilha sonora clássicos da MPB de Chico Buarque, Gilberto Gil, Tom Jobim, entre outros, com novos arranjos e regravações.
Segundo Bárbara Sturm, a ideia ao escolher os projetos é estimular a produção de novas diretoras, assim como apoiar talentos já reconhecidos, a exemplo de Cininha.
Os filmes “Matar um Dragão na Capadócia”, de Larissa Figueiredo, “La Mama”, de Carina Bini, e “#EuSouMaria”, de Clara Linhart são os outros contemplados.
O Selo Elas completa em 2022 cinco anos. No período, foram atendidas pela iniciativa 42 filmes.