O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar a prática do feminicídio e a frequência com que ocorre no Brasil e conclamou os homens a participar de um movimento pelo fim da violência contra as mulheres. Lula prometeu se engajar em um movimento por essa causa.
Presta atenção no que eu estou dizendo: eu vou liderar o movimento. Eu vou conversar com todos os poderes desse país. Nós homens, que temos caráter, que temos dignidade, que tratamos as mulheres com respeito, não podemos aceitar que alguém ligado a gente seja violento contra a mulher. Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, 80 anos de idade, vou liderar o movimento dos homens que prestam nesse país para que a gente possa defender as mulheres brasileiras”.
Lula participava de uma cerimônia em Fortaleza (CE), em que fez a entrega de carteiras nacionais docentes a professores e professoras e autorização nova fase nas obras de construção do Instituto Tecnológico Aeronáutico (ITA). Ele disse que fazer parte da luta contra as violências sofridas pelas mulheres é uma questão que deve ser colocada acima de demais interesses.
Eu tenho até coragem, eu tenho até coragem de chegar na época da eleição e dizer, o vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da República, porque esse voto não presta”, disse ele
Lula já havia se manifestado na última terça-feira sobre as violências contra as mulheres, dizendo-se indignado com notícias como o atropelamento de uma jovem pelo ex-namorado e uma mãe e seus filhos carbonizados no interior de uma casa, incendiada pelo também por um ex-companheiro.
“Então, companheiros e companheiras, queridas professoras, a luta contra o feminicídio, a luta contra a violência, contra as mulheres não é uma coisa só de vocês, tem que ser uma coisa nossa [dos homens]. Então, daqui para frente, eu quero que as mulheres saibam, e os homens também, eu serei um soldado nessa luta em defesa da luta contra o feminicídio, contra a violência contra a mulher brasileira”, completou.






