Os secretários estaduais da Fazenda de todo o País encaminharam, na última quinta-feira (18), carta aos ministérios da Saúde e Economia pedindo mais recursos para o enfrentamento da segunda onda da pandemia do novo coronavírus. Assinam o documento o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, que atua no Piauí, além dos secretários de 25 unidades da Federação, dentre eles a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba. Somente o estado de Roraima não referendou a carta.
Os gestores argumentam que houve redução do custeio de leitos pelo Ministério da Saúde em meio ao agravamento da crise sanitária. ”Durante a primeira onda foi possível mobilizar estruturas existentes para atender a demanda da pandemia. A partir da segunda onda, essa estratégia não é viável, posto que condições preexistentes voltaram a crescer e coexistem com uma quádrupla carga de doenças: Covid-19, causas externas, doenças crônicas degenerativas e outras doenças infectocontagiosas e metabólicas/nutricionais conhecidas”, diz trecho da carta.
Os secretários alertam que a pandemia não cessou e que o País seguirá enfrentando, até o fim do ano, diversas ondas dessa crise de saúde, que ocorre de maneira assimétrica em diversas regiões do Brasil. “Os efeitos da vacinação somente deverão repercutir em queda sustentada, com baixa probabilidade de novas etapas de aceleração de casos/internações/óbitos, a partir do segundo semestre”, destacam no documento.
Diante do recrudescimento do número de casos, os gestores solicitam um imediato aporte de novo orçamento de auxílio aos Estados. “O investimento na rede de atenção e vigilância pressupõe novos investimentos tecnológicos na rede de frio, testagem e transporte, assim como mobilização de recursos humanos e materiais para garantir adequada estruturação dos hospitais”, afirmam.
Para eles, “urge que a União aporte aos Estados um novo incremento ao teto de média e alta complexidade para custeio livre da rede de atenção e vigilância, assim como, mantenha o mecanismo já consolidado no SUS de habilitação e custeio fixo dos leitos de UTI-Covid”.