A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da Secretaria de Vigilância e Regulação (Sevir), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), divulga resultados promissores de análise preliminar atualizada comparando a frequência de internação em pessoas a partir de 75 anos vacinadas contra a Covid-19 no Estado com a frequência de hospitalizações pela doença no público não vacinado da mesma faixa etária. O estudo revela que a incidência de internação é 53,3% menor para aqueles que foram imunizados. Foram analisados dados de 314.315 idosos.
A análise utilizou banco de dados de 2021 do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), informações de pessoas internadas em hospitais particulares da Capital cearense, além de Santa Casa de Misericórdia e dados da Regulação Municipal e Regulação Estadual. Foi destacada a população acima de 75 anos, pois é o público com maior número de vacinados. Estudos mais detalhados continuam sendo realizados pela Sesa, no intuito de aperfeiçoar a qualidade das informações e melhor nortear a tomada de decisões.
Metodologia e resultados
Após o relacionamento dos dados, com associação estatística das frequências de internações, retirada de duplicidades, cálculo do risco relativo e verificação do intervalo de confiança de 95%, o estudo chegou aos seguintes resultados:
• Dos 131.261 idosos a partir de 75 anos vacinados e positivados, apenas 803 foram internados, gerando incidência de 6,12 internações por 1.000 vacinados em 2021.
• Entre os 183.054 idosos a partir de 75 anos não vacinados e positivados, 2.396 foram internados, obtendo incidência de 13,09 internações por 1.000 não vacinados em 2021.
• A incidência de internações entre os idosos vacinados (6,12/1.000) é 53,3% menor que o índice (13,09/1000) do público não vacinado.
A comparação entre as incidências de internação mostra ainda que os não vacinados têm risco 2,14 vezes maior de serem internados se comparados aos vacinados. “O risco daqueles que se vacinaram é muito menor, são menos complicações graves. Isso mostra a importância da vacinação e da população aderir à imunização”, afirma o secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto.