O primeiro indicado do presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), Kassio Nunes Marques, 48, tomou posse na corte nesta quinta-feira (5). Ele assume a vaga deixada por Celso de Mello no órgão de cúpula do Poder Judiciário. Há grande expectativa em relação à posição que adotará o indicado do chefe do Executivo em diversos julgamentos na corte.
A aposta é que ele se alinhará à ala do tribunal contrária à Lava Jato na análise de matérias criminais. Em pautas como descriminalização das drogas e do aborto, criticadas por Bolsonaro, o novo ministro deve seguir a linha defendida pelo presidente caso os julgamentos ocorram, o que ainda não tem data marcada.
O novo ministro optou por ser chamado de Nunes Marques nas sessões da corte. Ele herdará de Celso um acervo de 1668 processos, sendo 834 em tramitação no gabinete e outros 834 em curso na Secretaria Judiciária aguardando publicação. Em alguns deles, Celso já proferiu decisão.
A cerimônia contou com a presença física de Bolsonaro e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do próprio Supremo, Luiz Fux. O procurador-geral da República, Augusto Aras, o chefe da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, e os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin também estavam no plenário.
Apenas Fux discursou e, de maneira breve, desejou boas vindas ao novo integrante do STF e disse que ele cumpre todos os requisitos para ser ministro do Supremo.
Matheus Teixeira/Folhapress