Os estados de Rondônia, Santa Catarina e Pará registram interdições em rodovias federais por manifestantes nesta segunda-feira (7). Os atos antidemocráticos, porém, estão chegando praticamente ao final, com poucos pontos de bloqueio parcial em estradas do país, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Nos últimos dias, bolsonaristas que estão nas manifestações antidemocráticas iniciadas no domingo (30) começaram a convocar para esta segunda (7) uma possível “greve geral”, em que pedem adesão de empresários.
Um convite para o movimento com ares de locaute (greve de empresas, hoje proibida pela legislação) passou a circular em redes sociais e nos grupos de WhatsApp e de Telegram de pessoas envolvidas com as manifestações. Mas lideranças de caminhoneiros afirmaram não ter planos de parar.
As interdições registradas na manhã de segunda (7) ocorrem em Vilhena (RO), Blumenau (SC) e Altamira (PA). A PRF já acabou com mais de mil bloqueios desde o último domingo (30). Ainda segundo PRF, há bloqueios parciais em Palhoça (SC), Pontes e Lacerda (MT).
Os atos contra a democracia tiveram início porque bolsonaristas não aceitam o resultado das eleições que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem uma intervenção militar. Na manhã de sábado (4), haviam cinco vias com interdições, mas nenhuma com bloqueio, segundo a PRF.
A situação chegou a mudar por volta das 14h, com bloqueio total na BR 163, no Pará, que durou pouco mais de uma hora.
Na noite de quarta (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais em que pede a seus apoiadores para liberarem as rodovias que estão obstruídas.
“Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade”, afirma. “Proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia.”
A ação de bolsonaristas em atos antidemocráticos provocou transtornos por todo o país na segunda-feira (31), um dia após o resultado final das eleições, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os bloqueios e interdições em vias chegaram a trazer desabastecimento de produtos –especialmente alimentos– em algumas localidades, mas o desabastecimento não se tornou generalizado.
SUPERMERCADOS, FARMÁCIAS E RESTAURANTES DRIBLARAM BLOQUEIOS
Associações do setor de varejo se movimentaram para garantir os estoques de medicamentos e alimentos em todo o país e não deixar a população desabastecida de suprimentos básicos por causa dos atos antidemocráticos nas estradas.
O setor de medicamentos tem feito um acompanhamento constante das rotas de entrega dos caminhões para garantir que os remédios cheguem antes que os estoques atuais em farmácias e hospitais sejam afetados.
No setor de restaurantes, a situação mais preocupante é no estado de Santa Catarina, onde o movimento antidemocrático concentra mais bloqueios. No Paraná, há falta de carne e pescados. No Tocantins e em alguns estados do Nordeste, faltam insumos, diz a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
A associação diz que, em outras localidades, há alerta sobre para possíveis atrasos e cancelamentos de entregas. A orientação aos associados é, em caso de falta de itens, fazer uma substituição pontual, sem prejuízo ao cliente.
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, acredita que a situação não foi pior porque muitos bares e restaurantes já tinham abastecido significativamente os estoques por causa do feriado. O que pode faltar nos próximos dias é bebida, já que empresas da área anunciaram que podem atrasar entregas.
AMAPÁ
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ACRE
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ALAGOAS
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AMAZONAS
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BAHIA
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CEARÁ
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DISTRITO FEDERAL
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ESPÍRITO SANTO
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GOIÁS
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MARANHÃO
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MINAS GERAIS
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MATO GROSSO
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MATO GROSSO DO SUL
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PARÁ
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PARAÍBA
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PERNAMBUCO
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PIAUÍ
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PARANÁ
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RIO DE JANEIRO
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RIO GRANDE DO NORTE
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RONDÔNIA
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RORAIMA
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RIO GRANDE DO SUL
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SANTA CATARINA
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SERGIPE
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SÃO PAULO
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TOCANTINS
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