Começa pontualmente às 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira (23) a cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio 2020, no Estádio Olímpico da capital japonesa, sem público e com um desfile enxuto, por causa do coronavírus.
Os representantes brasileiros na cerimônia são Bruninho (vôlei), Ketelyn Quadros (judô) e o chefe da missão olímpica brasileira, Marcos Laporte, além de um oficial administrativo.
Cerimônia
Dois telões no Estádio Olímpico de Tóquio exibem mensagens sobre cuidados com a Covid-19 no início da cerimônia de abertura das Olimpíadas.
A organização pede uso de máscaras, higienização das mãos, para cobrir eventual tosse com o cotovelo, evitar aglomerações, bater palma em vez de cantar ou gritar e para que as pessoas avisem caso se sintam mal.
Não há público na cerimônia de abertura. A presença de espectadores foi vetada pelo governo japonês às vésperas do início dos Jogos.
A cerimônia começa mostrando atletas treinando sozinhos pelo mundo, enquanto cidades estavam vazias por causa do coronavírus; ao final, atletas, aqui interpretados por atores, se encontram para disputar os jogos; após execução do vídeo, fogos de artifício tomam conta do Estádio Olímpico de Tóquio.
Homenagem aos mortos pela Covid
A cerimônia de abertura passa por um momento de homenagem. Uma performance é de memória, com o locutor pedindo que mortos pela Covid e atletas israelenses assassinados nos Jogos de Munique, em 1972, sejam lembrados. Depois, pede um momento de silêncio.
Pouco antes disso, a bandeira japonesa foi hasteada por membros das Forças Armadas do Japão em frente à estrutura que imita o Monte Fuji sob o sol, dois símbolos do país. Enquanto isso, uma cantora apresentou o hino do país no Estádio Olímpico de Tóquio.
Tradição japonesa
Com roupas usadas por bombeiros no passado, bailarinos homenageiam esses profissionais e fazem referência à marcenaria, arte histórica do país na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio.
Depois, performance do premiado bailarino japonês Kazunori Kumagai. Ao final, aros olímpicos, de quatro metros de diâmetro, feitos de madeira, entram individualmente no estádio acompanhados por lanternas, mais uma marca da cultura japonesa, e são montados no centro da arena.
Os aros foram fabricados a partir de pinheiros plantados após os Jogos de Tóquio de 1964, quando atletas de todo o mundo trouxeram sementes e plantaram árvores no país. Após a montagem, mais fogos de artifício.
Premiação
Muhammad Yanus, empreendedor social e economista de Bangladesh, é o homenageado deste ano. Ele venceu o Nobel da Paz em 2006 por seu trabalho com as classes mais pobres.
Yunus agradece pelo prêmio remotamente por causa da pandemia e deseja sorte aos atletas.
O prêmio olímpico é concedido pelo COI para pessoas notáveis nas áreas de cultura, educação, desenvolvimento e paz.
Delegações
As delegações dos países entraram no desfile da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio de acordo com a ordem do alfabeto Katakana, um dos utilizados no Japão.
As vogais vêm antes das consoantes, na ordem A, I U, E O. O Brasil é a 151ª delegação a desfilar.
Como é tradição, os gregos são os primeiros a entrar no estádio. Na sequência determinada pelo alfabeto local, a Islândia foi a primeira nação a desfilar. Uma das delegações, com 29 membros neste ano, é formada apenas por refugiados.