Mais uma grande empresa encerrará linhas de produção no Brasil. Nesta quarta-feira (11), a Panasonic anunciou a decisão de descontinuar a produção de televisores e equipamentos de áudio residencial na Zona Franca de Manaus (AM).
As duas unidades de negócios serão encerradas em dezembro. A empresa diz, em comunicado, que a decisão faz parte de estratégia global e considera “o atual panorama econômico” do Brasil. A fábrica de televisores foi inaugurada em 1981, em parceria com a Springer.
Segundo a Panasonic, 130 funcionários diretos e indiretos serão demitidos com o encerramento da produção, o equivalente a 5% da força de trabalho -a companhia diz empregar 2.400 pessoas no Brasil. Os trabalhadores já foram informados da decisão da empresa.
Em Manaus, a Panasonic ainda manterá a produção de produtos automotivos, componentes eletrônicos e aparelhos de microondas.
A companhia tem outras unidades de produção no Brasil. Em Extrema (MG) está a fábrica de geladeiras e máquinas de lavar roupas. Em São José dos Campos (SP), a de pilhas. Na capital paulista há uma unidade administrativa.
A empresa diz, em nota, que o encerramento da produção de TVs e áudio criará oportunidade para a marca crescer em outras frentes de negócios. “A Panasonic acredita no potencial e no mercado brasileiro, e continuará investindo e fomentando novas linhas e novos produtos”, afirma.
Neste ano, a Sony também encerrou a produção de televisores no Brasil. Diferentemente da Panasonic, que ainda manterá outros negócios no Brasil, a Sony deixou de produzir na Zona Franca de Manaus e, em dezembro de 2020, vendeu a fábrica e os equipamentos.
A compradora foi a Mondial, marca brasileira de eletrodomésticos portáteis, que assumiu a fábrica em fevereiro.
A decisão da Sony foi além dos televisores. A empresa deixou de produzir e de vender também aparelhos de som, som automotivo, reprodutores DVD e BluRay, TVs, câmeras digitais, filmadoras, sistemas de home theater, o console de Playstation 3 e projetores de vídeo.
Quando anunciou que deixaria o Brasil, a empresa atribuiu a decisão ao “recente ambiente do mercado” e que fortaleceria a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios para ter uma resposta mais rápida às mudanças no ambiente externo.