O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou crescimento de 6,67% no terceiro trimestre de 2024 em comparação a igual período de 2023. O resultado estadual é maior do que o registrado no Brasil, de 4%, na mesma relação. O desempenho cearense, quando comparado com o segundo trimestre de 2024, apresenta elevação de 0,42%, contra 0,9% do nacional. A previsão do PIB do Ceará para 2024 é de um índice de 5,57%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O desempenho do PIB do Ceará no terceiro trimestre deste ano (6,67%), em relação ao mesmo período de 2023. O resultado é maior que o da Bahia, de 3,6% na mesma comparação, e o de Pernambuco, de 4,9%. Nos últimos quatro trimestres, o PIB cearense ficou em 6,41% e no acumulado do ano chegou a 6,44%, contra 3,1% e 3,3% do nacional, respectivamente.
“Esses resultados demonstram que estamos no caminho certo para o crescimento e o desenvolvimento do nosso estado, sempre com o objetivo de gerar mais emprego e renda e melhorar a qualidade de vida da nossa população”, destaca o governador do Ceará, Elmano de Freitas.
A previsão do PIB do Ceará para 2024 é de um crescimento de 5,57%. Caso concretizada, o resultado vai ficar acima da estimativa do nacional para o ano, que é de 3,39%. A primeira perspectiva para o PIB cearense, ainda em dezembro de 2023, era de 1,91%, passando para 2,31% em março; de 3,16% na revisão de junho e de 4,41% na estimativa de setembro. Em todas as estimativas, os índices esperados também superaram o nacional, de 1,50%; 1,78%; 2,08%; e de 2,96%, respectivamente.
Resultados por setor
Dentre os três setores que compõem o PIB (Serviços, Agropecuária e Indústria), o melhor resultado no Ceará no terceiro trimestre de 2024 ficou com a Agricultura, que apresentou desempenho de 18,56% em relação ao terceiro trimestre de 2023, superando o do Brasil, de -0.8%, no mesmo período. O segundo melhor resultado cearense, na mesma comparação, ficou com a Indústria, com 12,48%, seguido pelo Serviços, com índice de 4,20%, enquanto o nacional foi de 3,6% e 4,1%, respectivamente.
Ao analisar as taxas de crescimento do Valor Adicionado por setores no terceiro trimestre de 2024 em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, o PIB cearense, que fechou em 6,67%, foi impulsionado pelo desempenho da Indústria, com 2,69%, bem acima da nacional, de 0,6%, seguido pelo Serviços, com 0,58%, abaixo do Brasil, de 0,9%, e, finalmente, Agropecuária, com -1,51% contra -0,9 do nacional.
A divulgação do PIB contou com a participação do diretor-geral do Ipece, Alfredo Pessoa, dos titulares da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec), Ricardo Pereira; da Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep), Fábio Montenegro, e da Diretoria de Estudos Sociais (Disoc), José Meneleu Neto.
Alfredo Pessoa ao analisar o desempenho do PIB cearense no terceiro trimestre, bem como nos dos primeiros trimestres, disse que o índice cearense está em firme trajetória de crescimento, o que confirma os acertos nas medidas adotadas pelo Governo do Ceará, possibilitando novas trajetórias de oportunidades para o Ceará.
A elaboração do PIB, segundo trimestre de 2024, foi realizada pelos analistas de Políticas Públicas Nicolino Trompieri Neto, que coordenou a equipe, Witalo Paiva; Alexsandre Lira e José Freire Júnior, e por Cristina Lima, assessora Técnica, todos integrantes da Diec.
Estados que calculam o PIB
Além do Ceará, mais dez estados brasileiros realizam o cálculo do PIB, indicador que mostra a tendência do desempenho da economia no curto prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços e desagregados por suas atividades econômicas.
É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.