Diante do aumento dos casos de covid-19 e outras síndromes gripais, é comum a procura nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Essas unidades são voltadas principalmente para atendimento de urgência e emergência, por isso é importante estar atento(a) aos sintomas para buscar atendimento na unidade de saúde mais adequada.
As UPAs atendem pacientes de média complexidade e são consideradas um meio-termo entre unidades básicas de saúde e hospitais. Neste locais, os médicos prestam atendimentos que controlam os sintomas e detalham o diagnóstico, permitindo que o paciente seja estabilizado e possa voltar para casa. Em casos mais específicos, ele é encaminhado a um hospital.
“A covid-19 é um quadro gripal caracterizado por febre, dor de garganta, coriza e tosse. Se o paciente estiver com esses sintomas, é indicado ir a um posto de saúde. Porém, em sintomas mais graves como falta de ar, dor no peito ou alterações no quadro de saúde decorrentes de diabetes e pressão alta, por exemplo, então é recomendado ir a uma UPA”, explica o coordenador do serviço médico da UPA José Walter, João Carlos Saraiva.
Segundo o profissional, é recomendado fazer o teste a partir do terceiro dia de sintomas para um resultado mais preciso. “No caso específico das UPAs, os testes são realizados em pacientes internados e com perfil de testagem. Sobre a vacinação, vale ressaltar que ocorre nos postos e não nas UPAs”, explica.
Ainda segundo o médico, no primeiro dia de sintomas é importante usar máscara, manter os cuidados de higiene e distanciamento. Caso os sintomas persistam, o paciente deve se dirigir a uma unidade de saúde, de acordo com o perfil. “O foco da UPA são os casos de síndrome respiratória aguda grave que a covid-19 pode causar. Porém, com a vacinação em dia, diminuem bastante as chances desse tipo de ocorrência. Já o posto de saúde tem como foco a testagem de casos suspeitos e controle de sintomas leves”, informa Carlos. “Quem estiver no grupo prioritário é importante buscar se vacinar”, complementa.
UPAs seguem “Protocolo Manchester” na escala de atendimento
A classificação de risco nas UPAs é baseada no Protocolo de Manchester, que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo-alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso.
Ao chegar à unidade, um profissional da enfermagem faz uma avaliação das queixas relatadas, sinais e sintomas clínicos apresentados. Após essa triagem, o paciente é classificado em uma escala de prioridades definida por cores. Enquanto a pulseira vermelha indica emergência com atendimento imediato a pacientes com risco iminente de morte, a pulseira verde representa atendimento pouco urgente, por isso, com tempo maior de espera.
A estrutura da UPA engloba raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação, o que colabora para a otimização das filas nos prontos-socorros dos hospitais.