O ministro do Turismo, Gilson Machado, disse nesta segunda-feira (26) que não é possível dissociar o turismo do meio ambiente preservado, porque se não tiver preservação, o turista não volta. “[É preciso] preservar. O grande patrimônio que a gente tem no nosso país é o meio ambiente que ainda está intacto”, disse Machado durante o programa Sem Censura da TV Brasil, onde falou também sobre outros temas como o potencial turístico do Brasil, ações do ministério e fiscalização ambiental.
Machado disse que é necessário conscientização ambiental, que precisa ser ensinada desde criança, e que a própria comunidade e as pessoas envolvidas na área do turismo se envolvam na preservação. “O próprio jangadeiro luta para que aquele ambiente fique preservado e que tenha vida marinha, o próprio dono da pousada, o próprio órgão de fiscalização federal, estadual e municipal têm interesse junto com a comunidade nisso aí. E nós temos vários cursos de qualificação de mão de obra no ministério que a gente cede para fazer online e também faz parcerias”, disse.
O ministro disse que a tendência com a pandemia é o crescimento do turismo em ambientes abertos. Ele citou que, em 2019, antes da pandemia, de cada 100 buscas por turismo no Google International, 10 eram por turismo de natureza. Atualmente, de cada 100 buscas, 54 são por este tipo de turismo. “Qual é o país que tem seis biomas, feito nós temos e a Amazônia Azul, qual o país que tem o potencial que nós temos por turismo de natureza?”
Para aproveitar esse potencial, Machado disse que, em primeiro lugar é preciso que a vacinação contra a covid-19 no público acima de 18 anos esteja concluída, com 100% dessa população tendo tomado pelo menos uma dose de uma das vacinas disponíveis.
“A retomada [do turismo] eu não tenho dúvida de que vai ser enorme, até porque nós temos um turismo interno fortíssimo. Em torno de 11 milhões de turistas que viajam para o exterior agora estão viajando dentro do Brasil, fora os 90 milhões de brasileiros que já viajavam aqui dentro e agora estão viajando mais intensamente. O plano principal é a gente fidelizar esse turista brasileiro que ia para o exterior, deixava US$ 19 bilhões no exterior e esse pessoal ficar aqui dentro”, disse.
O ministro disse que também pretende criar uma sensação de segurança para o turista que viaja. “[Queremos] divulgar aqui os cases turísticos brasileiros, [mostrar] que eles são tão seguros quanto qualquer case turístico europeu. Porto de Galinhas, Jericoacara, o Pantanal de Mato Grosso, Gramado, Canela, você não tem os índices de violência que você vê nas periferias das cidades. A gente tem que mudar a percepção de segurança do Brasil”. Outro plano é a divulgação de outros tipos de turismo, como o rural, o equestre, o agroturismo, o enoturismo e o turismo gastronômico.