Último setor da economia a iniciar retomada após o fundo do poço da pandemia, os serviços apresentaram crescimento de 1,8% em setembro na comparação com o mês anterior, informou nesta quinta-feira (12) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta, porém, não foi suficiente para recuperar as perdas causadas pelos efeitos da Covid-19 no país, apesar de acumular variação positiva de 13,4% nos últimos quatro meses.
Segundo o IBGE, as vendas do setor ainda se encontram 8% abaixo do patamar de fevereiro. Nos três primeiros meses de pandemia, a perda acumulada foi de 19,8%.
No acumulado de janeiro a setembro, o setor registra retração de 8,8%. Considerando os últimos 12 meses, a queda é 6%. Na comparação com setembro de 2019, o recuo é de 7,2%.
Em comparação com o recorde histórico do setor, alcançado em novembro de 2014, os serviços se encontram 18,3% abaixo daquele patamar.
O setor de serviços é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e o maior gerador de empregos do país. Sua recuperação é considerada fundamental para definir o ritmo de retomada da economia após as flexibilizações das medidas de isolamento social.
É nesse setor que estão atividades como bares e restaurantes, hotéis, cinemas e salões de beleza. Com maior dependência de contato pessoal, elas tiveram grandes perdas e demoram mais a se recuperar, seja porque ainda enfrentam restrições ao funcionamento seja pelo temor de contaminação.
Diego Garcia/Folhapress