O ex-presidente Donald Trump foi absolvido do processo de impeachment no Senado Federal por 57 a 43 votos, mas travará outras batalhas nos próximos dias. O republicano poderá responder na esfera criminal por incitação à violência durante a ocupação do Capitólio, no dia 6 de janeiro. Um dos antigos aliados e líder da minoria no Senado, o senador Mitch McConnell, fez um discurso contundente durante a votação, nesse sábado (13), e sugeriu que Trump seja processado criminalmente.
Ainda que tenha votado contra o impeachment de Trump, McConnell considera Trump responsável pelo ataque ao Capitólio. Ele argumenta que impeachment não é cabível contra ex-presidentes e temia que isso virasse uma espécie de prerrogativa que atingiria outros antigos ou futuros ocupantes do cargo.
Além de poder ser incluído na investigação aberta a nível federal – mais de 200 processos foram abertos para apurar a participação de apoiadores do Trump na invasão, o republicano também pode ser investigado pelo procurador-geral do Distrito de Columbia, Karl Racine, responsável pelos crimes cometidos em Washigton, D.C.
Outro processo que Trump poderá responder é na Geórgia. Procuradores anunciaram, na semana passada, que investigam a tentativa de Trump de interferir no resultado da eleição do Estado, onde Joe Biden venceu por maioria de votos. Durante a apuração, o ex-presidente ligou para o Secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo que ele encontre votos para reverter a eleição.
Mas o maior processo que Trump enfrenta no momento é em Nova York, em que pode resultar em sua prisão, uma vez que não é mais presidente. Procuradores do Estado apuram as finanças do republicano e possível fraude em seus negócios. Quando ainda estava no cargo, advogados de Trump se recusaram a colaborar com o caso e entregar declarações de imposto de renda do republicano com o argumento de que ele era um presidente no exercício.