Washington, D.C. (1/2/21) – Depois de cinco advogados deixarem sua defesa, o ex-presidente Donald Trump anunciou, nesse domingo, a contratação de mais dois advogados para se preparar para o julgamento de seu impeachment no Senado, a partir do dia 8 de fevereiro. Em nota à imprensa, David Schoen e Bruce Castor disseram estar “honrados” com o trabalho.
Segundo a agência Reuters, o ex-presidente se desentendeu com os profissionais sobre a estratégia a ser apresentada aos parlamentares, que atuarão como jurados no processo. Há informações de que Trump queria que sua principal linha de defesa fosse norteada pelas já descartadas fraudes nas eleições.
O republicano não aceita a derrota nas urnas e gostaria de usar esse argumento no julgamento do Senado. Desde 7 de novembro do ano passado, quando as agências projetaram Joe Biden como vencedor das eleições, Trump tenta reverter o quadro na Justiça. Auditores e juízes descartaram essa tese, usada como pólvora para incendiar os manifestantes na invasão do capitólio, no dia 6 de janeiro.
Trump será julgado pela acusação de incitar a insurreição, por ter discursado a manifestantes momentos antes da invasão. Cinco pessoas morreram. No local, os congressistas certificavam a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. Seria a última etapa antes da posse do presidente.
No entanto, analistas políticos avaliam que Donald Trump não será condenado. O quórum de votação é maioria qualificada, quando são necessários 67 votos dos 100 senadores pela cassação. Na semana passada, em uma moção que pedia a suspensão do processo, 55 votos senadores votaram contra e 45 a favor. Como Trump já deixou o cargo, o impeachment seria simbólico, mas impediria o ex-presidente de tentar participar das próximas eleições.