Nesta quarta-feira, dia 25 de setembro, as ruas de Aracati foram tomadas por uma passeata que reuniu centenas de pessoas em celebração ao Setembro Azul e ao Setembro Verde, mês dedicado à visibilidade da comunidade surda e das pessoas com deficiência. O evento, intitulado “A Diferença é o que Nos Une”, trouxe à tona a importância da inclusão e do respeito à diversidade, mobilizando a sociedade em torno da luta por direitos e igualdade.
A presidente da Associação dos Surdos de Aracati, Maísa Faria Jordão, reforçou o significado da passeata. “Este é um momento crucial para a visibilidade da comunidade surda. Precisamos que as pessoas entendam nossas lutas e apoiem a garantia de nossos direitos. A passeata é um símbolo de resistência, mas também de união.”
Para Vani Meire, mãe de uma pessoa surda, a mobilização é uma forma de educar a sociedade. “É essencial que as pessoas respeitem e incluam as pessoas com deficiência em todos os espaços. A visibilidade que esse tipo de evento traz ajuda a combater o preconceito e as barreiras que ainda enfrentamos.”
A passeata não só deu visibilidade, mas também levantou discussões sobre a necessidade de políticas públicas mais inclusivas. Franciele Leite, professora da UECE, destacou a importância da inclusão nas universidades e no mercado de trabalho. “Precisamos lutar para que as pessoas com deficiência estejam presentes em todos os espaços da sociedade. Ainda há muito a ser feito, mas eventos como este mostram que estamos no caminho certo.”
Entre os participantes, Erica Maia, uma trabalhadora local, relatou ter se emocionado durante o evento. “Foi um momento muito especial para mim. Sempre tive vontade de aprender Libras e, hoje, percebi o quanto isso é importante para incluir as pessoas surdas na nossa convivência diária.”
A passeata “A Diferença é o que Nos Une” reforça o papel da conscientização e da participação coletiva na construção de uma sociedade mais justa e acessível. O Setembro Azul e o Setembro Verde não são apenas momentos de celebração, mas também de reflexão sobre os desafios que as comunidades surda e de pessoas com deficiência enfrentam diariamente. Somente com mobilizações como essa, será possível garantir que todos, independentemente de suas diferenças, tenham seus direitos respeitados e sua dignidade assegurada.