O evento “United Nations – Symbol of Life, Freedom and Happiness”, que ocorrerá simultaneamente em Nova Iorque e Genebra, em janeiro de 2021, é um presente do governo da Romênia para a Organização das Nações Unidas (ONU), em comemoração aos 75 anos de criação da entidade. A exposição reúne 216 artistas de 193 países membros da ONU e está sob a organização da Fundação Inter-Art.
O cearense Antônio Gerson Ipirajá Barreto, de 47 anos, será o único artista plástico brasileiro a participar da exposição internacional, com a obra “Ferramentas Ancestrais”, tema que tem trabalhado ao longo dos seus 25 anos de carreira, dando à ancestralidade diversas formas e discursos. Para ele, o convite para compor uma exposição desse porte foi uma feliz surpresa.
Quando ainda adolescente saiu da casa dos pais, em Fortaleza, para morar em Aracati, no ano de 1990, Gerson Ipirajá não imaginava onde seu nome iria chegar. No município litorâneo, ele conheceu o artista plástico Zé Tarcísio, que lhe deu um trabalho – o qual Ipirajá faz até hoje, cuidando do acervo do artista – e mostrou-lhe que a arte também era um caminho possível de se trilhar. Em 1999, voltou a Fortaleza. O retorno lhe inseriu no circuito nacional das artes, com participações em diversos salões e bienais.
O convite foi feito pelo curador e crítico de arte romeno Stefan Ballog. Ele integrou o júri da International Print Biennial Varna, na Bulgária (2019), da qual Gerson participou e teve obras adquiridas para o Gabinete de Estampas de Varna.
No último domingo (25) houve a inauguração do Espaço das Artes no Casarão Barão de Messejana, no dia em que Aracati completou 178 anos de emancipação. Na ocasião foram expostas obras de diversos artistas locais, incluindo as obras do Gerson Ipirajá.