Certa vez eu e minha esposa viajamos para o Rio de Janeiro, particularmente a cidade mais bela do Brasil, dentre as que conheço, sou de Salvador, nascido de criado, é a cidade que mais gosto de viajar, mas o Rio é um encanto, é aquela situação que parece que estamos o tempo inteiro dentro de um filme, tanta beleza natural que encanta de verdade.
Vivo entre Fortaleza e Aracati e são duas cidades que ganharam o meu coração, principalmente Aracati por sua beleza natural, a alegria de seu povo e a soma de inúmeras coisas boas que sinto quando chego em Aracati.
Voltando a quando viajamos pro Rio, foi uma viagem planejada e que aconteceu depois de vários adiamentos por conta da pandemia, a própria empresa aérea que modificava nosso voo, viagem que íamos inicialmente, eu, Karla, nossa filha Ianna e minha mãe Eliane, sendo que pelos adiamentos, surgiu a primeira de algumas necessidades de adaptabilidade, tema do nosso Papo de Quinta.
Devido aos adiamentos, Ianna, pelas provas de final de ano do colégio, não conseguiu mais viajar com a gente, pela data que conseguimos adiar a viagem, minha mãe também não conseguiu ir, foi uma situação delicada, mas que tivemos que superar, afinal a viagem foi planejada para nós quatro, mas conseguimos superar e resolvemos ir só nós dois.
Dois dias antes de efetivamente viajarmos, fui no aeroporto de Fortaleza, levar meus avós que foram para Salvador, quando lá no aeroporto, resolvi ir na empresa aérea saber sobre o check-in, ao chegar no balcão fiquei sabendo que mais uma vez o voo tinha sido alterado, sendo que dessa vez não havia recebido nenhum comunicado, como era no mesmo dia, mudando apenas o horário de embarque, antecipando, não achamos ruim, mais uma situação de saber levar sem se estressar.
Ao chegarmos no Rio, fomos direto para o apartamento de um familiar, quando chegamos percebemos que o apartamento estava sem luz, perguntamos ao porteiro se tinha que ligar algo, ele informou que não e ao ligarmos pros familiares, ficamos sabendo que as contas estavam em atraso devido a pandemia e daí veio nossa terceira adaptação em aproveitar ao máximo as benesses que estávamos tendo e deixar de lado os “perrengues” no caminho.
De início, tentamos encontrar hotéis perto de onde estávamos, tentamos 4 hotéis e todos lotados, fomos informados que devido ao feriado na segunda-feira de quando fizemos a viagem, provavelmente a cidade estaria lotada, sendo assim, conversamos e convergimos na ideia de curtir o dia todo e no dia seguinte resolveríamos o que fazer e assim fizemos, passamos a tarde e parte da noite passeando, o Rio de Janeiro nesse período que ficamos, por incrível que pareça abria um solzinho pela parte da manhã, tarde e pela noite a temperatura chegava a 18º, com isso não tivemos nenhuma dificuldade em dormir, afinal o friozinho favoreceu não termos energia para ar-condicionado ou ventilador.
No dia seguinte, refizemos nossos planos, dentre os dias que passamos, conseguimos visitar familiares de minha esposa, viajamos a Niterói e curtimos tudo o que o Rio de Janeiro tem de mais belo ao que acreditamos, quase não sentimos a falta da energia, apenas quando íamos tomar banho, porque um banho com 18º e sem chuveiro elétrico tem que se ter muita adaptabilidade.
Certa vez escutei de um professor que temos que estar preparados para tudo na vida, pro ruim e para o bom também, um ajuste para situações não planejadas tem que ser nossa salvação para evitarmos sofrimentos desnecessários, saber levar, seguindo sobretudo em frente.
Um dos inúmeros ensinamentos de Lao Tsé é que “aquele que souber adaptar-se será preservado até o fim”, foi nele que não deixamos a peteca cair por nenhum contratempo nessa e em outras viagens, sabendo aproveitar o que de melhor aquele momento pode oferecer e nisso Karla é parceira para tudo, se for para andarmos pela cidade andamos, se tiver carro pegamos e se for para conhecer de ônibus ou metrô também topamos, é uma mulher incrível.
Por fim, ao tentar o check-in pro retorno para Fortaleza, percebi que a empresa aérea modificou nossos acentos, mesmo tendo pago incialmente pra escolher o local que viajaríamos, sem alarde, antes de reclamar no balcão, tentamos resolver pelo site e nossos acentos estavam disponíveis, pelo menos não nos cobraram novamente pela escolha dos acentos e ao chegar na fila de embarque o aplicativo não funcionou, mas o atendente foi bem educado e consultou pelo nosso CPF, viajamos em paz e voltamos a nossa feliz rotina, afinal viajar é bom, mas o retorno para o lar tem suas qualidades para mantermos a adaptabilidade.
Papo de Quinta por Alex Curvello
Advogado
@alexcurvello