Existem muitas palavras bonitas no nosso dicionário, mas uma que verdadeiramente encanta e tem um enorme significado que é a liberdade.
Pois bem, ao longo de nossa história, foi nos demonstrado que uma das maiores forças negativas que imperam na humanidade é o lamentável medo, pelo medo foram impostas as maiores atrocidades que os humanos já vivenciaram e lamentavelmente ainda vivenciam.
Muitas vezes, infelizmente, tantos erros do passado, não servem para aprendizado ou evolução de uma sociedade no presente para conseguirmos superar e não repetir as barbaridades já vividas.
Fato é que o que não conseguimos modificar, não podemos lamentar.
Até onde minha compreensão consegue alcançar, o medo é bem distinto do receio, o receio vem de algo que se sabe que pode gerar algum dano, o medo é relativo ao que não podemos raciocinar e não devemos questionar. É uma situação impositiva que faz com que a humanidade obedeça por medo do que virá, sem base e sem fundamentação.
Todas as guerras, os maiores ditadores e as leis mais severas, quase que constantemente foram impostas pelo medo, medo das pessoas não passarem por algo “pior”, ao ponto que justificaram aquilo ser feito para “salvar” o mundo de algo mais perverso, quando em verdade a crueldade sempre esteve ali no momento da “salvação”.
Vale lembrar que todos eles, Hitler, Mao Tsé-Tung, Stalin, Mussolini, Gengis Khan e outros não conseguiram impor seus “pensamentos” de maneira rápida, eles até tentaram, sendo que perceberam que precisava da hipocrisia, da mentira ardilosa para conseguir com que muitos acreditassem, como certa vez disse o mentor da propaganda de Hitler; “uma mentira dita mil vezes, torna-se verdade” e assim, muitas brutalidades aconteceram, em nome de “uma raça pura”, do “coletivismo”, do “imperialismo”, da “ciência” e de um “mundo melhor”, o que de fato jamais aconteceu com nenhum deles.
Após tantas selvajarias, vieram os julgamentos, muitos não passaram impunes, em consequência vieram os ditames para salvaguardar os direitos humanos que até hoje vigoram.
Normas mundiais foram criadas, como o Código de Nuremberg, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração de Genebra, Declaração de Helsinki, Pacto São José da Costa Rica, dentre outros que esclarecem que desde a tenebrosa época que passou, até os dias atuais, sempre deve prevalecer o consentimento voluntário do ser humano.
Todo ser humano pode invocar os seus direitos e a liberdade, um dos bens mais preciosos da humanidade. Além de que toda pessoa tem o direito que se respeite sua dignidade e que nada deve ser feito por um bem “coletivo”, quando na verdade reina a ferocidade individual.
Desejo que nunca, jamais, em hipótese nenhuma sejamos compelidos, obrigados a aceitar nada que seja imposto por um estado totalitário, pois vai de encontro a todos os ditames expostos acima e que todas as nossas liberdades individuais sempre possam prevalecer.
Infelizmente, em nosso mundo, a história nos mostra que muitos “governantes”, governam para si e para suas ideologias malignas, eles entenderam que para subverter a democracia é preciso fazer parte dela e assim, ao chegarem no poder com pele de “cordeiro” mostraram as garras de “lobo” impondo um estado arbitrário.
Fato é que existe uma força muito maior do que o medo, mais forte e presente em cada um de nós, que é a esperança, esperança por um mundo melhor, mais justo e igualitário, é aquela chispa de nossos corações que fazem com que consigamos superar os momentos difíceis da vida em busca da liberdade.
E o medo, teme a liberdade.
A liberdade é um bem tão precioso para o ser humano, que representa sua autonomia em agir com aquilo que acredita ser o correto, aquilo que faz com que a gente possa fazer escolhas e decidir o caminho que desejamos seguir.
Em tempo de tanta atribulação por conta das mazelas que assolam a humanidade, que com nossa esperança e força de vontade possamos superar e aprender com os erros, para seguir com uma humanidade, humana, no sentido literal, a imagem do Divino e livre.
Papo de Quinta por Alex Curvello
Advogado – Presidente da Comissão de Direito Previdenciário OAB Litoral Leste Ceará
@alexcurvello
