Um dos grandes ensinamentos de Jesus, O Cristo, foi quando certa vez ele versou que ao ser chamado de bom, refutou e disse que bom era o Pai que o havia enviado.
Temo, por ações em determinadas ocasiões quando nos sentimos “bons”, por uma determinada profissão, ao gerir alguma empresa, em sendo político, nos conselhos como pai, naquele relacionamento que tanto almejamos e em tantos outros exemplos.
A bondade, muitas vezes está maquiada por uma condição distorcida da realidade.
Sendo que essa realidade que muitos enxergam pode ser tangenciada por manipulações de pessoas persuasivas.
Mas a verdadeira persuasão não vem daqueles eloquentes, mas sim dos que examinam, escutam e questionam.
Quando um politico defende determinada ideologia, que ele entende que será melhor para a maioria e aqueles que o colocam lá justificam que por ele ser “bom” quando chegar no controle, irá fazer o melhor para todos e não apenas para aqueles que o colocaram lá.
Se nem O Próprio Jesus em toda sua magnificência atribuiu para Si a palavra bom, como podem reles mortais quererem se enquadrar?
Em verdade, por conceito, boas pessoas não sentem a vontade de controlar a vida de ninguém.
É o oximoro da vida, acreditar que alguém que detém tanto poder, irá optar pelo bem comum.
A grande maioria dos líderes nacionais e até mundiais, vivem relacionando expressões que exprimem conceitos contrários ao que realmente fazem.
E eles exercem isso sabendo que tentar decifrar o paradoxo de suas ações, dificilmente vai acontecer e nós não iremos alcançar suas reais intenções.
É algo como tentar compreender qual o som do silêncio, a culpa inocente, se tudo se reduz a unidade a unidade a que se reduz, o ilustre desconhecido, a guerra pacífica, o fogo que arde sem se ver, o que se ganha em se perder e o sei que nada sei.
Essas incongruências são manifestações distorcidas, programadas e utilizadas para manter a ignorância do povo.
Conseguir determinado conhecimento demora muito mais do que a gente pensa e, depois, acontece muito mais rápido do que imaginamos.
Muitos desses antagonismos, porém, poderiam servir de aprendizado para a vida, saber encontrar as respostas atrás das contradições aparentes, podem tornar o caminho mais valioso.
Trago para a minha realidade a certeza de que por mais que realize, sempre tenho mais a realizar, seja como marido, filho, profissional, pai de família, amigo, aluno, ou seja, todo o feito até aqui, pode ser melhorado até o final.
É nesse oximoro da vida que sigo em busca de respostas fugindo da conclusão de bondade por fazer o óbvio e tentando melhorar o que por vezes entendo por algo normal.
Assim, viver a dois, dedicado ao meu relacionamento, planejando nossas vidas, compartilhando as ideias, valorizando minha esposa, enaltecendo o casamento e admirando Ana Karla para muitos é algo que demanda muita dedicação, mas na verdade não há esforço algum.
Papo de Quinta por Alex Curvello
Advogado – Presidente da Comissão de Direito Previdenciário OAB Litoral Leste Ceará
@alexcurvello