Dentre os profissionais que tiveram que se reinventar por conta da pandemia do novo corononavírus, está o professor, pessoa fundamental quando falamos em educação, atuando desde o processo de alfabetização até a profissionalização. Hoje é o dia do grande mestre da arte e do ofício de ensinar.
O surto de um vírus letal exigiu medidas como o isolamento social e isso fez com que o ensino das escolas do mundo todo adquirisse novos modelos, em sua maioria fazendo o uso da tecnologia para suprir a falta do aluno nas salas de aula.
“Nós professores, assim como todo mundo, não estávamos preparados para algo que surgiu de forma tão repentina. Primeiro veio a paralisação, logo em seguida passamos a gravar e enviar as aulas para escola, até iniciarmos o processo de aulas online”, relatou Cristina Margarete, que leciona em duas escolas particulares de Aracati.
A professora ressaltou ainda as dificuldades enfrentadas. “Primeiramente em relação ao uso dos recursos tecnológicos. Eu tinha uma imensa dificuldade. Tive que participar de treinamentos oferecidos pelas escolas, assistir a vídeos para aprender a gravar vídeos-aulas, produzir slides padronizados, etc. Outra questão ocorrida durante esse momento diz respeito ao emocional, o nervosismo e a ansiedade – que eram muito grandes. Temos também a preocupação com o feedback dos alunos, pois é necessário que aconteça. Em síntese, nós educadores estamos fazendo o possível e o impossível para que a aprendizagem ocorra, mesmo de forma remota”, descreveu ela.
Para Italo Daygon, professor da rede pública do município, o cenário ainda encontra outros tipos de dificuldades. “Direcionando o olhar para as aulas e os alunos, os desafios são inúmeros, pois já foi passado por várias etapas. Foi feito levantamento para saber os alunos que tinham aparelho celular e acesso à internet, logo depois um trabalho de conscientização de pais/alunos para que participassem das aulas e a busca de meios para recuperar os alunos que não conseguem participar dos encontros virtuais. Como professor tento fazer o máximo para levar o aprendizado de forma mais eficaz e ter diálogo aberto com a família, para que assim estejamos sempre em rede”, destacou ele.
Tempos difíceis exigem um olhar mais humano do educador, mesmo diante das dificuldades, e assim se reinventa e se reconstrói a cada dia o professor, este profissional primordial para a nossa educação. “Contudo, por mais desafiador que seja, a superação pessoal, a união entre o corpo docente que busca se apoiar e a aproximação família/escola é o que mais marca”, finalizou Daygon.