Ainda que destaque no ranking regional, aparecendo em 3ª ou 4ª posição na maior parte dos indicadores do Índice Fiec de Inovação dos Estados Edição 2020, o Ceará apresenta um desempenho mediano em relação ao país, com colocação variando entre a 10ª e a 15ª classificação.
O estudo é baseado a partir de alguns fatores, considerando tais como: presença de mestres e doutores nas indústrias, investimento em ciência e tecnologia, capital humano na cadeia produtiva, intensidade tecnológica e infraestrutura para inovação, entre outros.
No que tange ao município de Aracati, as áreas de ciência e tecnologia são notórias em ações realizadas entre parcerias de instituições como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus de Aracati, e a Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ).
Mauro Oliveira, professor do IFCE, campus de Aracati, destaca que no instituto são realizadas várias atividades, seja na área da computação, a partir do Laboratório de Redes de Computadores e Sistemas (LAR), que além de contar com mais de 70 bolsistas, comporta também algumas pequenas empresas e que em 2017 faturou 4 milhões em projetos; seja na área da aquicultura que também apresenta bons resultados e vem se mostrando promissora na região. Recentemente ainda foi lançado o sistema FIQUE NO LAR, que tem mais de 4 mil usuários e é uma maneira de ajudar o pequeno empreendedor nessa época de pandemia, bem como o projeto REVIVE, em parceria com a Secretária de Desenvolvimento Econômico.
Se tratando da Faculdade Vale do Jaguaribe (FVJ), há o Instituto do Vale do Jaguaribe (IVJ), que trabalha com o DAVID, projeto também que visa a participação da comunidade a partir de atividades voltadas para a inovação e tecnologia.
“Eu penso que uma grande ideia para Aracati seria termos um parque tecnológico. Como por exemplo o que tem lá em Recife chamado Porto Digital. Nós temos os insumos principais, como o IFCE e a FVJ, então está faltando aí talvez uma oportunidade para podermos criar um ecossistema e ele fazer com que Aracati não seja conhecido apenas por suas praias bonitas, mas também conhecida pela capacidade de seu povo produzir tecnologia”, pontuou Mauro Oliveira.
Ele destaca ainda que precisamos de uma economia baseada no conhecimento, assim como acontece em outros países. “Eu acredito que uma formação mais intensa na área da tecnologia seria uma grande estratégia dos líderes que estão à frente”, finalizou o professor.