O dólar segue em trajetória de queda com a confiança na retomada da economia global respaldada pelas vacinas contra a Covid-19 em um ambiente de farta liquidez provida por estíulos fiscais e monetários.
Nesta quinta-feira (3), o dólar fechou em queda de 1,94%, a R$ 5,1390, menor valor desde 22 de julho. O turismo está a R$ 5,30. Já a Bolsa brasileira está em seu maior patamar desde 21 de fevereiro, antes da OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar pandemia de coronavírus, com alta de 0,36% na sessão, a 112 mil pontos.
Apesar da recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre vir aquém do esperado, com crescimento de 7,7% em relação ao período anterior, o real foi a quarta moeda que mais se valorizou na sessão.
A desvalorização do dólar reflete a fraqueza da divisa no exterior em meio a expectativas de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos e otimismo em relação à distribuição de vacinas para a Covid-19. O DXY, índice que mede a força da moeda americana ante as principais divisas globais, recuou 0,47%.
Na quarta (2), o secretário do Tesouro dos EUA afirmou que o presidente Donald Trump sancionará o projeto de lei em resposta ao coronavírus proposto pelo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.
O líder da maioria na Câmara dos EUA, Steny Hoyer, expressou esperança de que um acordo de estímulo fiscal possa ser alcançado “nos próximos dias” e qualquer legislação provavelmente precisará ser complementada com mais ajuda no próximo ano.
As notícias positivas impulsionam a entrada de investidores estrangeiros no Brasil, que veem oportunidade em ativos com preços atrativos em uma moeda desvalorizada. O risco fiscal brasileiro é um dos principais fatores para a alta de 28% do dólar ante o real neste ano.
O Senado brasileiro aprovou nesta quinta-feira MP que liberou crédito de quase 2 bilhões de reais ao Ministério da Saúde para a compra e posterior produção local da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Universidade de Oxford. Segundo economistas, quanto mais cedo a imunização, mais rápida será recuperação econômica.
Folhapress