Amar dá trabalho

De fato, sem nenhuma lamentação ou tentando ser piega, acredito que amar alguém ou dedicar-se ao ponto de ver sua vida transformada dá trabalho, entretanto vale a pena como nada na vida valerá.

Aqui, esclarecendo um ponto importante, não me refiro aquele trabalho forçoso, que a maioria das pessoas fazem na vida, mas quase sempre reclamando ou lamentando. O trabalho, é aquele vocacional, aquele que “dignifica o homem” e por consequência o que te faz feliz.

Amar requer dedicação e privação, tudo dentro de um equilíbrio para que não se torne uma aflição.

Tudo dentro de um convívio mutuo de respeito, compreensão, doação, além de tentar se colocar no lugar do outro, superar o egoísmo de pensar só em si, imaginar que a vida a dois é o complemento que faltava para viver melhor.

Amar, dá trabalho, mas é aquele trabalho que passamos o dia dedicados, tentando solucionar algo para ajudar alguém e quando efetivamente conseguimos servir de maneira digna ao próximo, vem aquela sensação boa de realização, esse é o trabalho que o amor requer.

O companheirismo aliado a uma fidelidade é a dádiva de que os casais precisam para saber entender e vivenciar o trabalho que o amor demanda.

Amar sobretudo requer boa vontade, de afeto ao parceiro ou parceira, mas sem se anular e aí é onde encontramos o maior trabalho, porque não se mostra fácil equilibrar essa balança da justiça de um relacionamento, mas é o encontro do equilíbrio que vai lhe mostrar a felicidade completa.

Amar é não se preocupar se o seu zelo é maior do que o que recebe, é compreender que provavelmente algum se doará mais e o outro saberá sentir mais, sendo que aí está a sabedoria de viver essa vida a dois, entender se você é aquele ou aquele que ama mais ou ama melhor.

Amar não é sinônimo de tranquilidade ou empatia, muito pelo contrário é viver em discussões e incompreensões. É entender o outro, saber ouvir e também saber falar, ter o momento correto de entender onde cada um pode melhorar e se dedicar para superar nossos defeitos.

O mundo vive a raça do Ego (Eu), do egoísmo exacerbado e nada pode bloquear esse “amor” infinito que temos sobre nós mesmos. Superar que por vezes teremos que ceder e em determinadas situações iremos nos contrariar para agradar aquela pessoa que vive ao nosso lado é sábio. Repito, não é se anular, essas ações devem ser mútuas.

O “amor próprio” eu muitos exigem que as pessoas tenham é tão frágil que não pode ceder um minuto para aquela pessoa que você jurou amar, isso não condiz com algo bom, feliz e verdadeiro.

Amar é presente, não é lamentar o passado, muito menos idealizar um futuro que nunca chega, é aproveitar aquela pessoa que topou seguir uma jornada ao seu lado, mesmo com tantas atribulações cotidianas.

Em tempo que a humanidade não sabe mais a importância do tempo, amar é construir vínculos, descobrir a confiança, encurtar o relacionamento, se dedicar a tal ponto para aquela pessoa que a única coisa que você poderá dar é o que você tem de muito importante, o seu tempo.

Entendo de forma muito firme no meu coração, que o amor é a forma mais significativa que o ser humano já conseguiu expressar.

Por fim, até esclareço que compreender minhas próprias palavras, não significa que eu faça, eu na verdade, tento, diariamente e em qualquer lugar que esteja, dá trabalho, mas certamente é a melhor decisão da minha vida, vivenciar o trabalho que o amor pede.

Papo de Quinta por Alex Curvello
Advogado – Presidente da Comissão de Direito Previdenciário OAB Litoral Leste Ceará
@alexcurvello

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