Começou às 9h52 a sessão da CPI da Covid, que terá o depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Os senadores vão questionar o dirigente sobre a vacina Coronavac, produzida pelo instituto, após ser desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.
Também prometem perguntar sobre a resistência do governo federal, em particular do presidente Jair Bolsonaro, em adquirir a imunização, que foi a primeira contra a Covid-19 aplicada no Brasil. Covas também deve dar detalhes sobre a vacina Butanvac, desenvolvida pelo instituto e atualmente em fase de testes.
Ao chegar para a sessão, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o depoimento será importante para saber detalhes da negociação com o governo federal para a compra das vacinas. Renan também comentou a aprovação da nova convocação do ex-ministro Eduardo Pazuello, afirmando que terá um caráter “pedagógico” para o general parar de “delinquir”, disse, em referência à participação sem máscara, de ato que promoveu aglomeração, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Vacinação no Brasil
De acordo com Covas, vacinação no Brasil poderia ter começado antes “se todos os atores” tivessem colaborado.
Segundo ele, o laboratório tinha quase 10 milhões de doses prontas em dezembro do ano passado.
“O Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação, se não fossem os percalços, tanto de vista de contrato como regulatório”, disse. O estado de São Paulo começou a vacinar em 17 de janeiro.