Localizado na comunidade de Sítio Volta, município de Jaguaruana, conhecida como “terra da rede de dormir”, o Memorial Carnaúba se consagra como o primeiro a ser implantado no mundo e que aos poucos vem revitalizando toda a cadeia produtiva e dando esperanças às comunidades que vivem desta árvore, que também é símbolo do estado.
Iniciativa sem fins lucrativos, o memorial foi idealizado pelo pesquisador e ambientalista Afro M. Negrão Jr. e pela ex-secretária de cultura do município de Jaguaruana, Daisy Rocha, que estão como presidente e articuladora nacional, respectivamente. O espaço visa preservar, revitalizar e incentivar as comunidades com seus diversos trabalhos sociais, artísticos, culturais, ambientais e na geração de trabalho e renda.
“Em meio a um intenso carnaubal nativo preservado em uma área de 100 hectares, com mais de 100 anos de existência, o Projeto Memorial Carnaúba tem a missão e o objetivo de preservar e incentivar nas comunidades rurais as ações e atividades com os costumes do povo jaguaribano com a cultura da carnaúba, oferecendo todas as políticas de sustentabilidade da vegetação”, explicou Afro.
É válido salientar que o projeto se iniciou em 2010 com a fundação da Associação Cultural dos Artesãos, Artistas e Produtores Rurais de Jaguaruana – ACAAP. O espaço conta com sala de aula, biblioteca, sala de exposição, área aberta, laboratório de fotografia, cozinha e sala de informática, recebendo visitas diariamente.
Neste ano, ao completar 10 anos de existência, a ideia é que se produza um documentário sobre o Memorial Carnaúba, junto à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará – Secult.
SOBRE A CARNAÚBA
A carnaúba é uma espécie de palmeira que habita as margens de rios da região Nordeste e produz uma cera de alto valor econômico e social. Protegida por lei, a carnaúba foi instituída como símbolo do estado do Ceará, pelo Decreto-Lei N°27.413, de 30 de março de 2004.
“Ela representa a força de trabalho do povo nordestino e da economia da agrícola. A Palha de Carnaúba tem seu destaque no Artesanato e na produção de peças de utilidade para o dia a dia das pessoas nas mais diversas finalidades”, destaca o ambientalista e presidente do memorial.