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Putin dobra a aposta e assume figurino de comandante da guerra na Ucrânia

Nada no governo do ex-agente da KGB escapa a escrutínio de minúcias, como o brilhante documentário "Testemunhas de Putin" (Vitali Manski, 2018) demonstra, e a festa no estádio da final da Copa de 2018 foi devidamente coreografada

19 de março de 2022
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Putin dobra a aposta e assume figurino de comandante da guerra na Ucrânia

Foto: Reprodução

Vladimir Putin não envergou apenas uma parca italiana da exclusiva marca Loro Piana de R$ 70 mil na celebração do oitavo aniversário da anexação da Crimeia, evento no centro do atual conflito na Ucrânia. Após mais de três semanas, ele se apresentou aos russos com o manto de comandante-em-chefe de um país em guerra.

Nada no governo do ex-agente da KGB escapa a escrutínio de minúcias, como o brilhante documentário “Testemunhas de Putin” (Vitali Manski, 2018) demonstra, e a festa no estádio da final da Copa de 2018 foi devidamente coreografada.

Assim, chama a atenção a falha na transmissão do discurso do presidente na TV estatal, algo inusual, para dizer o mínimo, em tempos em que editores dessas empresas logram fazer protestos no ar contra o chefão.

Mas a mensagem estava passada. As cerca de 95 mil pessoas que lotaram o Lujniki, antigo Estádio Lênin, palco histórico do futebol russo, e as outras 100 mil nos arredores segundo as contas oficiais, viram uma nova etapa da comunicação de Putin na guerra.

Até aqui marcada por pronunciamentos anódinos na TV ou transmissões de encontros com ministros ou comissárias da Aeroflot, nas quais expunha as razões presumidas para a invasão, a narrativa do Kremlin estava longe de atiçar sentimentos nacionalistas.

Que tenha mudado com um Putin falando no sacrifício de nossos garotos e coisas do gênero, isso significa algo. Poucas autocracias no mundo dão tanto valor à opinião pública quanto a russa, e o acompanhamento de pesquisas de opinião é tão ou mais intenso do que nas democracias ocidentais.

Isso tem a ver com o arranjo de poder até aqui de Putin, em equilíbrio com uma elite formada por grupos rivais que se digladiam, deixando o czar, digo, o presidente reinar sobre todos. A legitimidade do mandatário vem muito do apoio popular.

Agora isso é algo insondável, dado que apenas institutos estatais apontaram o apoio à guerra, de talvez 60%. É possível que seja isso mesmo, dizem analistas russos que não mais têm coragem de se expor por temer os 15 anos de cadeia da censura militar.

Mas talvez 60% seja pouco. Quando anexou a Crimeia sem dar um tiro, em 2014, Putin viu sua popularidade explodir para níveis perto dos 90%. Ficou assim durante a recessão subsequente, só superada após 2016, embora a economia russa nunca mais tenha se levantado –com um soluço no festivo 2018 da Copa.

Até antes da guerra, estava em confortáveis 69% segundo o confiável instituto independente Levada. A demonstração desta sexta (18), portanto, pode ser meramente uma fotografia para mostrar ao mundo. “Há muito tempo não se via tanta unidade”, disse o líder. Mas há outra hipótese.

Especialmente entre os mais jovens e ocidentalizados, membros da classe média que Putin quer ver agora expurgada do país, a guerra é altamente impopular. Mostrar força pode ser uma tentativa de galvanizar apoio interno à guerra, algo que se insinua de forma lenta.

O motivo é o roteiro de propaganda do Kremlin, que parecia contar com uma submissão rápida da Ucrânia. O conflito seria com poucas baixas, vencido pela impressão de poder dos russos. Assim, seria uma guerra de gabinete, televisionada. Com o recrudescimento em solo, contudo, Putin teve de abrir a caixa de ferramentas em casa.

Uma chave é o Z, a letra latina inexistente no cirílico que virou o símbolo da guerra, pintada em tanques e blindados Ucrânia adentro. Nesta sexta, estava na plateia, nas cores heroicas da flâmula de São Jorge (preto e laranja), símbolo do poderio militar russo desde o império dos Románov e amplificada ao máximo no governo Putin.

Mas seu uso mais ostensivo estava nos telões do estádio. Enfileiradas, estavam as palavras Rússia, Crimeia e Donbass –a última, a região separatista russófona que foi reconhecida como dois países por Putin três dias antes da guerra, e cuja defesa da população constituiu sua desculpa inicial para a ação.

Em destaque, “Za presidenta”, “Pelo presidente”, com o Z inexistente no cirílico em letra latina mesmo. Também apareceram “Por um mundo sem nazismo”, “Pela Rússia”, tudo como o Z alienígena. Uma das suspeitas de ter criado o marketing do Z, a editora-chefe da rede RT, estava lá para discursar. Mas o ponto vendido que importa é outro: a partir de agora, a guerra é por Putin.

Se essa aposta dobrada transparece desespero por apoio ou a certeza na vitória a ser faturada, só o tempo vai dizer.

 
 
 
Fonte: FolhaPress/IGOR GIELOW
Tag: apostaComandantePutinUcrânia
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