Ficção e terror ou apenas o que escondemos nas camadas mais profundas de nós mesmos?
Quem assiste a série American Horror Story, não está surpreso em saber que horror realmente é o viés principal da série. Cada temporada te engole de uma forma que invade até mesmo os seus sonhos, que se tornam verdadeiramente macabros.
Porém, esta autora que vos fala, hoje gostaria de chamar atenção para uma temporada em específico. A 5ª temporada, nomeada de “American Horror Story: Hotel” acompanha a história do detetive de homicídios John lowe que, investigando crimes de um assassino em série conhece o famigerado Hotel Cortez, daí em diante sua vida vira completamente ao avesso.
Confesso que maratonei essa temporada e fiquei extremamente obcecada por cada episódio. Porém, diferente de qualquer outra resenha que você leitor vai encontrar na internet, gostaria de propor analisar a narrativa de outra ponto de vista.
Assassinos a sangue frio e crimes altamente arquitetados acredito que sejam apenas uma grande metáfora para obscuridades que escondemos todos os dias dentro de nós mesmos afinal, todos temos os famosos esqueletos dentro do armário, correto?
Onde qualquer pessoa só enxergaria terror, sangue e pessoas cruéis, esta colunista enxergou o mais puro retrato -dramático, cinematográfico e horrendo- do que é a humanidade, tendo em vista que até mesmo os personagens mais cruéis matariam em nome do amor, amizade e da própria família.
Não existe, sequer um personagem que seja completamente e totalmente terrível, cada um possui em sí uma gota de amor e humanidade, em contraponto com nós mesmo, onde ninguém é totalmente bom e perfeito, sempre existe uma gota de egoísmo e maldade.
Quando você, leitor, começar a ver que o mundo está cheio de episódios de American Horror Story metaforizados em coisas “banais” do dia a dia, sua perspectiva sobre a vida mudará totalmente. Que tal começar a olhar todos os lados da moeda?
Entre linhas e cenas por Sophia Galdino
@galdinosophia_